Ágatha Ferreira
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Não é novidade para ninguém que durante a pandemia vários setores do comércio tiveram que se reinventar a fim de manter seu fluxo de vendas. O comércio eletrônico ou digital, também conhecido como e-commerce, foi uma das soluções encontradas pelo mercado com a finalidade de atingir a meta de vendas.
O hábito de consumo foi totalmente transformado devido às condições impostas pela crise sanitária, como transição para o home-office, lockdown, maior tempo dentro de casa, maior taxa de consumo de produtos e o receio em se locomover geraram um novo perfil de consumidor, o digital.
A adesão em grande quantidade pelo comércio eletrônico trouxe a expansão do mercado no país, no qual nota-se um constante crescimento desde o início da pandemia, em 2020.
É importante analisar os dados sobre o crescimento do e-commerce visto que são estatísticas que mudam todo o perfil varejista conhecido pela população há anos, sugerindo uma imensa mudança que requer adaptações em todos os setores do mercado.
Sumário
Dados:
De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, vê-se que em dezembro de 2021 a composição de compras era a seguinte:
- Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (43,1%);
- Móveis e eletrodomésticos (28,2%);
- Tecidos, vestuário e calçados (10,3%).
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7%);
- Outros artigos de usos pessoal e doméstico (5,5%);
- Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,9%);
- Livros, jornais, revistas e papelaria (2%).
De acordo com a nova edição do Relatório E-commerce no Brasil, os setores que mais se destacaram foram:
- Moda & Acessórios (39%)
- Farmácia & Saúde (40%)
- Turismo (51%)
- Pet (60%)
Importados (84%)
Em janeiro de 2022 notou-se um crescimento de 1,92% em relação ao ano anterior, mostrando assim que mesmo com a presença da vacina e o retorno do comércio físico, o e-commerce demonstra-se sólido e seguro no contexto atual.
Líderes
Há também, para melhor compreensão do macroambiente, uma lista dos 10 maiores sites de compras no país, veja abaixo:
- Mercado Livre
- Americanas
- Amazon Brasil
- Magazine Luiza
- Shopee
- Casas Bahia
- AliExpress
- Netshoes
- Droga Raia
- Samsung
E-commerce nos supermercados
Muitas das tendências vistas no Brasil, são vindas de outros países, como a China e os EUA. Nesses locais o comércio eletrônico já está consolidado, assim como soluções tecnológicas no comércio físico, por exemplo o self-checkout e delivery de compras.
No Brasil, apesar de existente, essas tecnologias ainda são escassas, porém capazes de gerar alta lucratividade.
A partir do momento em que novos hábitos são oferecidos ao consumidor e trazem comodidade, a tendência é que esse hábito seja estabelecido como regra.
Os clientes se adaptam à conveniência dos comércios digitais e mantêm o consumo a partir daí. De acordo com o instituto Mercatus e Incisiv, há uma projeção que o e-commerce representará 20% das vendas totais nos supermercados dos EUA nos próximos cinco anos.
No Brasil os supermercados viram a maior onda de digitalização na história e tiveram que buscar maneiras de atender as diferentes necessidades de seus clientes.
O número de pedidos de janeiro a junho de 2021 cresceu 58,39% em relação ao mesmo período de 2020, enquanto de julho a dezembro, a taxa de crescimento foi de 23,9%, de acordo com levantamento realizado pela Linx, líder e especialista em tecnologias para o varejo.
Segundo o diretor da Mercadapp, plataforma de vendas on-line especializada em e-commerce para supermercados, houve um crescimento de 39,64% no número de pedidos em relação a 2020 e aumento de 33,99% na receita das vendas no mesmo período.
Conclusão
Os brasileiros estão cada vez mais comprando pela internet e, devido à comodidade trazida por tal, a tendência é manter esse hábito. Instituições demonstram, a partir de diversas pesquisas, o crescimento das vendas onlines por diversos setores varejistas.
Em especial os supermercados necessitam investir mais em soluções tecnológicas que tragam lucratividade.
Um indivíduo acessa um site de compras ao menos 8 vezes por mês, mostrando assim que a presença dos clientes no digital é forte e tende a ser permanente.
O e-commerce é uma estratégia de comercialização que se consolida no mercado a cada dia mais, com isso empresas de todo o setor necessitam de se adaptar para melhor atender às necessidades de seus clientes.