O carro-forte é um veículo que foi criado especialmente para o transporte de valores e de cargas que possuem alto valor monetário.
Este artigo irá abordar a origem e curiosidades desses veículos especiais de transporte de valores, popularmente conhecidos no Brasil como carros-fortes, e que evoluíram ao longo de décadas aproveitando-se de tecnologias militares e de logística até chegarem às maiores composições rodoviárias.
Atualmente, os carros fortes servem não apenas para o transporte de dinheiro vivo, mas cargas valiosas em geral, desde jóias, obras de arte, documentos, até eletrônicos e medicamentos.
Ao longo do século 20, a necessidade de transporte de cargas valiosas fez com que surgissem inúmeras empresas especializadas e seus respectivos veículos que aproveitaram- se de tecnologias militares de preparação de veículos pesados.
Mas a história da primeira empresa de transporte de valores e seus veículos começou por volta de 1859, em Chicago, nos EUA, com veículos de tração animal para transportes de cargas diversas, nesse período a cidade crescia e era uma das principais no meio-oeste americano.
Nascido em Nova York, Washington Brink, vendo a oportunidade, fundou uma pequena empresa de transporte com uma carroça e um cavalo, a empresa Brinks City Express. Esse nome te lembra algo?
Com o passar do tempo a Brink’s sentiu necessidade de aumentar o tamanho das carroças e, em seguida, substituir por veículos motorizados, afinal a demanda por transportes de cargas só crescia, assim como a indústria de veículos motorizados, mas ainda eram extremamente rústicos.
O fundador da empresa faleceu tragicamente em 1874 e então seu único filho assumiu a empresa, atraindo novos capitais para o negócio. A Brink’s começou a tomar um novo rumo quando transportou a primeira folha de pagamento em dólares, em 1900, ou seja, efetuou a primeira entrega bancária, tornando-se assim a primeira empresa de transportes de valores do mundo.
Anos depois, um novo rumo foi necessário pois ocorreu o primeiro assalto a um veículo de transporte de valores, quatro homens fortemente armados mataram o guarda da Brink’s que descia do carro carregando dinheiro. A partir daí as transportadoras precisaram proteger melhor o dinheiro das seus contratantes, surgindo assim, o primeiro carro-forte em 1918, uma espécie de caminhão fechado com blindagem rústica a base de aço.
A proteção contra ataques inimigos foi uma invenção muito antiga, datando 2 mil anos antes de Cristo, os chineses foram os responsáveis por essa tecnologia, com chapas de metais em navios. Outra figura importante para a história da blindagem foi Leonardo da Vinci com a criação dos primeiros tanques de guerra no século 15, porém por muitos anos sem grandes evoluções.
Assim como a expansão de grandes cidades levou à necessidade de transportes de mercadorias e valores, no início do século 20 ocorreu a Primeira Guerra Mundial que gerou uma grande expansão da tecnologia de armamentos de defesa, época em que foram criados os primeiros blindados de guerra.
Após a guerra a tecnologia de blindagem foi aproveitada no meio civil, com carros blindados para figuras políticas e, é claro, a criação de carros-fortes mais modernos, um avanço notável foi a aplicação de vidros resistentes à bala.
Outras empresas de transporte de valores surgiram, mas a Brink’s foi a primeira do mundo e também a primeira a chegar no Brasil, no ano de 1966, para iniciar suas atividades no país. A Brink’s contratou junto a empresa Massari, fabricante brasileira de implementos rodoviários e ônibus, a fabricação de 8 carros fortes segundo o projeto vindo da matriz, montado sobre caminhões nacionais, Chevrolet C-65 que foram os primeiros blindados para o transportes de valores de concepção moderna produzidos no país.
Os projetos de blindagem evoluíram ao longo dos anos, assim como os demais sistemas de segurança, trancas e comunicação, até porque logo na década de 70 ocorreu o primeiro assalto a um carro-forte no Brasil, deixando alguns feridos e uma vítima fatal, um dos pontos fracos que demandou melhorias foi o vidro à prova de balas.
No início da década de 80 a Brink’s decidiu fabricar suas próprias carrocerias, para isso criaram a Brink’s Viaturas e Equipamentos, porém a empresa não ficou muito tempo no ramo de produção própria, afinal era mais fácil aproveitar-se das tecnologias que surgiam através de várias novas fabricantes, a própria Massari ainda fabricou alguns modelos e outros fabricantes surgiram, como as antigas NR, de origem pernambucana, as paulistas IPCM, MOV, TCT, DEMEC e MIB, a catarinense Dominik e a carioca Xavante.
As tecnologias de blindagem receberam melhorias para o aumento da segurança e redução de peso para melhor agilidade e menor consumo de combustível, as especificações mais detalhadas de construção e detalhes de blindagens e suas resistências são mantidas como segredos industriais pelas as fábricas.
Um fato interessante é que, no ínicio da história, os veículos de transporte de valores acabaram se aproveitando de tecnologias que surgiram nos meios militares para defesa em guerras, e décadas depois veículos semelhantes aos carros-fortes seriam utilizados por forças policiais para operações de distúrbios civis ou combates urbanos em áreas de risco, como os famosos “Caveirões” utilizados a partir dos anos 2000.
O transporte de cargas, em geral no Brasil, continuou a crescer, não só em tecnologia, mas também em problemas de segurança e devido aos crescentes riscos de roubos de cargas, os transportes de valores e blindados aumentaram de tamanho passando-se a utilizar caminhões maiores e trucados (Quando possui seis pontos de contato com o solo, um conjunto de eixos mistos. Um deles é simples, na frente; e um deles é duplo, atrás. O eixo duplo atua, diretamente, na força do motor.) ao invés de adaptações em chassis de caminhões, algumas empresas passaram a oferecer chassis próprios para os carros-fortes.
Em 2018 completou 100 anos da criação do primeiro carro-forte da Brink’s nos Estados Unidos e 52 anos da fabricação do primeiro brasileiro construído pela Massari,e nesse mesmo ano, em 2018, foi apresentado o maior veículo de transporte de cargas de alto valor agregado da américa latina, composto por um cavalo mecânico, que pode formar um conjunto com duas carretas de até 30 metros de comprimento total e 74 toneladas de peso bruto total, a maior composição rodoviária permitida no Brasil para cargas de visíveis.
E como garantir o sucesso das operações de transporte de valores ou carro-forte?
É muito importante que as operações das empresas de transporte de valores sejam ágeis e seguras. Como transportam itens de bastante valor é necessário que não ocorram falhas e, para isso acontecer, é preciso que a equipe possua uma comunicação limpa, fluída e em tempo real, cada segundo é importante na hora de proteger o seu time e o patrimônio transportado e uma comunicação eficiente pode evitar grandes prejuízos.
Para isso se faz necessário o BiPTT, um software de comunicação Push-To-Talk (PTT), que trará diversas vantagens para a operação. Além de possibilitar uma comunicação em tempo real limpa, sem ruídos, e segura, com criptografia de ponta, impossibilitando que qualquer pessoa de fora do time tenha acesso as informações trocadas, a plataforma traz outras variadas funcionalidades que irão facilitar o dia-a-dia da sua equipe, como por exemplo a localização em tempo real dos funcionários, o acesso a todo itinerário percorrido por eles durante determinado trajeto, e o histórico das chamadas realizadas, essas características trazem mais segurança e permitem o sucesso da operação.
O BiPTT possui dois casos de sucesso muito interessantes com duas empresas de transportes de valores, a Blue Angels e a TBForte.
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